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domingo, 23 de janeiro de 2011

Depois de 11 anos, de volta a Cultura? Ou mais balela? Sai, ou não sai, a nova Biblioteca de Mosqueiro?

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O escaneamento acima, uma notícia de jornal, muito nos entusiasmou, mas é melhor ficar alerta (“Gato escaldado tem medo de água fria”, lembram?) e não esquecer do que o atual gestor municipal fez e faz em desfavor do povo da Ilha, como extinguir o transporte fluvial Belém-Mosqueiro-Belém, atar as mãos em relação à avacalhação que se tornou a linha urbana rodoviária que deveria fazer a mesma interligação, desativar o programa de esgotamento sanitário e balneabilidade, tentar privatizar o SAAEB, acabar com o serviço de urgência e emergência dos postos de saúde do Maracajá e da Baía-do-Sol…

Por concisão, e para não aporrinhar a paciência do(a) amigo(a) leitor(a), ficaremos apenas com esses exemplos de desserviços perpetrados pelo (des)prefeito já referido linhas atrás. Mas, voltando ao assunto: a biblioteca “no distrito de Mosqueiro, a primeira da localidade”. Fiquei perplexo! Esse método de desinformação, seja do jornal, seja da PMB ou da ADMO, das duas últimas, ou das três instituições em conluio -- não importa --, só ofende a inteligência do mosqueirense. Sabe-se que na Ilha de Mosqueiro já houve uma Biblioteca Municipal Cândido Marinho Rocha, ativa entre os anos de 1987 e 1999. Sabe-se também que foi o próprio poder público que a desativou. Primeiro, o agente distrital Paulo Uchôa, que a transformou em auditório. E o povo ficou sem esse arrimo cultural tão importante para a formação integral de sua cidadania.

Os outros agentes distritais ignoraram o fato. O acervo começou a deteriorar… Aí, o remédio amargo, não para curar, mas para matar o paciente: os livros foram jogados fora. Boa parte, levados pelo caminhão da coleta de lixo. Os que escaparam, funcionários salvaram, levando-os em macas, ops!… digo, carrinhos-de-mão, para suas casas, onde hoje hibernam. O golpe de misericórdia, imaginem: como se fosse en el paredón – Fuego! Pois é, foram para o fogo, queimados pela fogueira do despreparo, da ignorância e da incompetência da agente distrital Maria da Glória, ato levado a cabo no DMER, na localidade de Carananduba.

Para cabal esclarecimento das reflexões aqui feitas, leia-se o que reza a Lei Municipal abaixo:

 

                 Lei nº. 7383, de 07 de dezembro de 1987

Cria a Biblioteca Pública Municipal na Vila do Mosqueiro, Município de Belém.

A CÂMARA MUNICIPAL DE BELÉM estatui a seguinte Lei:

Art. 1º: Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a criar a Biblioteca Pública Municipal denominada CÂNDIDO MARINHO DA ROCHA, com sede na Vila do Mosqueiro, Município de Belém, subordinada à Agência Distrital do Mosqueiro.

Art. 2º Fica o Prefeito Municipal de Belém autorizado a firmar convênio com o Instituto Nacional do Livro, do Ministério da Educação, para o efeito de integração da referida biblioteca pública e recebimento de toda a assistência prevista às unidades conveniadas.

Art. 3º. Revogam-se as disposições em contrário.

Gabinete do Prefeito Municipal de Belém, em 07 de dezembro de 1987.

                             Fernando Coutinho Jorge

                            (Prefeito Municipal de Belém)

 

Vê-se por que se pode afirmar que o povo, mais uma vez, é lesado em seu direito de ter educação cidadã. Ficaremos com uma biblioteca, em vez das duas a que teríamos direito. O que é pior ainda, é que as bibliotecas a serem construídas, com verba federal, diga-se, deveriam ser três. Já até imaginamos o porquê… Salvo engano, além da do Tapanã e do Mosqueiro, o Benguí também teria direito a ser contemplado com uma.

Vale ressaltar o fato de que a biblioteca, quando vir, não será por uma espécie de benevolência do poder público, e sim, porque lhe cabe essa obrigação, cuja exigência de cumprimento o povo tão bem soube incitar. Tenho orgulho de ter participado das lutas, das reivindicações, da publicação de documentos nos jornais, nunca sozinho, sempre estimulado pelo fato de fazer parte de um todo, um grupo, que se denominou  Amigos da Biblioteca.

Sei que muitos podem dizer que puxo a brasa para a sardinha desse grupo, todo ele ligado ou ao PT de Mosqueiro, do segmento Articulação de Esquerda, principalmente da Juventude da AE-Mosqueiro, mas seria injusto não dar créditos a quem os mereça de fato, como também de fato os mereçam os alunos da Escola Honorato Filgueiras, sempre ativos nesse processo.

Sendo assim, os créditos, também os merecem, embora todos os imbróglios, o Marcelo Bittencourt e o Anderson Miguel, agentes mobilizadores da comunidade ilhoa. E a ADMO, A Fumbel e a PMB? E o Instituto Elos? E o Programa Mais Cultura, do MinC? E o povo de Mosqueiro? Todos estes são sujeitos dessa história, cada um a seu modo, e em maior ou menor grau. O Governo Federal, pela iniciativa do Ministério da Cultura, é o responsável financeiro e de onde se inicia todo o processo, verdade seja dita. Os outros órgãos são todos coadjuvantes, principalmente os municipais, capazes quase de perder o gol na linha da área, pois se atrapalharam demasiado com a escolha do local, terreno próprio do Município de Belém. Imaginem vocês se fosse necessário adquirir o terreno!  A biblioteca, provavelmente, sairia em em 2020…

No fundo, parece que estou mesmo é refém de uma ranzinzice incorrigível. Pois é, talvez sim, talvez não… O importante não é só o cidadão mosqueirense “esperar para ver”, mas também ser copartícipe da obra, ficar de olho nos prazos e gastos, fiscalizar o andamento da construção do prédio. E, para melhor estar na observância de tudo que esteve/está/estará acontecendo, faço abaixo postagem de documentos relevantes a respeito de todo o processo relacionado à nova biblioteca:

Biblioteca pública em Mosqueiro: sua urgência e seus benefícios

Quando se ouve falar de Gutenberg (século XV), e o nascimento do livro como hoje o conhecemos, poucos refletem sobre na verdade sua remota existência, sua atualidade e contemporaneidade de uso, ainda em franca e (creio convictamente nisso!) vitoriosa competitividade com o formato digital ou mesmo virtual.

Desde as pinturas nas paredes das cavernas e em rochas a céu aberto (pictografia), os sinais (se preferirem: marcas) em chifres e ossos de animais, desde a escrita cuneiforme dos sumérios (em ‘tabuletas de barro’ e em superfícies metálicas), passando pela escrita ideogramática dos chineses (geralmente usando ‘livros’ de bambu e, muito depois, finalmente o papel, do qual são os legítimos inventores), passando também pela escrita hieroglífica egípcia (em papiro  suporte que passa daí em diante a ser muito difundido entre civilizações posteriores à do Egito  em paredes de tumbas, em ‘tabuletas de pedra’, como a Pedra de Roseta), pelo alfabeto fenício ocidental, o grego, o latino, até virem a emergir as escritas das línguas modernas ocidentais, muitos materiais e formatos foram empregados por diferentes povos e épocas históricas.

O saber humano foi e/ou está sendo registrado  como já visto acima , para (utopicamente que seja) jamais perder-se, nas paredes de cavernas, chifres, ossos, barro, metal, papiro, ardósias gregas, bambu, pano, pergaminho, papel, volúmen, livro, revistas, CD-ROM, espaço virtual... Alguém sabe aonde vai parar essa tecnologia toda? A resposta é “Não vai parar!” Continuará o conhecimento a ser registrado e conservado para as gerações futuras, para estas se orientarem, para prosseguirem sua tradição, assim como para, contrariando-a, revigorá-la. Por outro lado, a resposta poderia ser esta outra: “Vai parar no lixo!” Sim, é o que pode acontecer quando autoridades, de forma ignorante, egotista e autoritária, tratam o conhecimento como se este fosse produto descartável, como se fosse uma planta que brota sem ninguém plantar, regar, cuidar. Suas prioridades são sempre manter-se no poder, tê-lo nas mãos, empregar familiares, enriquecer, enganar, considerando os fatores da aparência sempre a suplantar os da essência.

Quando ouço falarem de certo episódio ocorrido alguns anos atrás na Agência Distrital de Mosqueiro, protagonizado por Paulo Uchôa, remeto minhas memórias para aquela Alexandria invadida e pelo crime hediondo contra a cultura humana perpetrado na queima de sua histórica e riquíssima biblioteca, perdendo-se lastimavelmente um tesouro de acervo jamais recuperável. Pois é, Uchôa “precisava” exacerbadamente de um auditório para suas infindáveis e inúteis re(i)uniões. Então, facílima decisão: jogou fora os livros da (até aquele momento) Biblioteca Cândido Marinho Rocha. Esta instituição foi inaugurada em 1987. Poderíamos, nós mosqueirenses, estar festejando seus 20 anos de fundação. Contudo, agora só podemos nos considerar de luto, por sua ruína precoce, por sua morte prematura. Morte de causas não-naturais, assassinato, na verdade.

Marinho Rocha nasceu em 14/06/1907 e faleceu em 16/11/1985. Deveríamos, neste ano de 2007, estar comemorando seu centenário de nascimento, ele que é autor de, entre outros livros, Ilha, capital Vila, publicado em 1973, romance ambientado na Ilha de Mosqueiro, no período de 1930 a 1943, no qual põe em ação personagens ‘reais’ e fictícios, a viver em um espaço bucólico e paradisíaco, de “uma ilha perfumada com amor” (O Liberal, 13/05/1973). Mais que justa homenagem darem seu nome à biblioteca, depois de dois anos de falecimento. A família do escritor, é preciso esclarecer bem esse fato, doou seus livros para ajudar a compor o acervo de nossa biblioteca. Qual não será o espírito de revolta com que sua família encara o fato de Uchôa ter mandado jogar fora os livros?

O tempo passou. Uchôa passou. Getúlio, outro agente distrital, também passou, assim como Pedro Hamilton. Agora, está na vez de Maria da Glória. É para ela que fazemos a pergunta:  Que é feito de nossa biblioteca? São dez anos de penúria cultural, com sua inatividade. Se bem que a falta da biblioteca é só uma mostra da ausência total de projetos, tanto da Prefeitura de Belém quanto da Agência Distrital daqui. Mais que isso: pode-se chamar de irresponsabilidade pública mesmo. Não há nada, absolutamente nada de estimulante sendo realizado aqui na Ilha nos setores de Educação, Cultura, Lazer e Desportos. Se nada é feito nesse sentido, o que acarreta esse fato? A juventude, que deveria ter sua energia canalizada para essa área, que deveria brilhar como expoente, por exemplo, da música, da literatura, da pintura, do futebol, do vôlei, etc., acaba por ser aliciada pelo traficante, pelas gangues de rua, freqüentando cotidianamente a seccional; enfim, como diz o chavão, acaba ‘virando caso de polícia’.

Há, no entanto, um consolo. O prédio ainda está lá, de pé. Certamente, a Biblioteca Pública nasceu de um decreto municipal. O prédio existe, e ainda existe, no papel, o tão saudoso Templo do Saber. O renascimento dele é imperativo para que possamos crer em utopias, como a da libertação do mosqueirense do subemprego, da informalidade da subocupação como caseiro ou da única e incerta via da construção civil (ajudante de pedreiro, por exemplo). Uma biblioteca revigorada dará certamente mais alento a quem com este quase já não sonha contar. Uma biblioteca, mas não só de livros, uma biblioteca total (com livros, claro!), mas com periódicos também, mapas, cds (de música e também livros digitais), dvds, computadores com acesso à Internet (biblioteca virtual, nesse caso).

Lógico, duas décadas atrás a realidade de Mosqueiro era outra. A população, inclusive, aumentou geometricamente. É provável que o prédio da antiga Biblioteca precise de ampliação. Ou que outro prédio seja construído, ou até adquirido, noutro lugar. Muitas são as opções. Uma só delas não é mais aceitável: a inexistência da Biblioteca. Sua ausência está sendo e será, se nada for feito, um grave fator de comprometimento do futuro da gente de nossa terra. Por causa disso, a Articulação de Esquerda (AE), uma das tendências do PT em Mosqueiro, está decididamente empenhada em levar adiante uma campanha para fazer renascer das cinzas nossa querida Biblioteca, propondo a circulação de um abaixo-assinado (em todos os bairros, em todos os seguimentos populacionais, veiculado em instituições escolares, postos de saúde, centros comunitários, etc.), com milhares de assinaturas, destinado às autoridades e órgãos competentes, para que estes tomem vergonha na cara, e atendam esta demanda mais que urgentíssima de uma população que não mais pede e sim grita por este direito mais que justo.

            Sábado Cultural, em prol da Biblioteca Pública

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                        17/11/2007  Coreto da Pça Cipriano Santos, na Vila.

A nova Biblioteca de Mosqueiro

Com a fluidez do pensamento, meditando um pouco vaga e livremente sobre as coisas, veio-me à mente aquela máxima latina, que não necessita de tradução: “TEMPUS FUGIT”. É, realmente, o tempo alça voos e foge. Em 13/12/2007, o jornalista Elias Ribeiro Pinto publicou matéria enviada a ele por mim sobre a Biblioteca Municipal Cândido Marinho Rocha. Na ocasião, expliquei no artigo que a biblioteca fora criada por decreto do prefeito Coutinho Jorge, em 1987, e que deveria ainda existir, só que no papel, apenas lá, entre traças e fungos, visto que fora “transformada” em auditório, por um agente distrital inconsequente.

Eis aí que, por estes tempos, o TRE convoca-me a prestar serviços nas eleições 2010. A reunião seria na Agência Distrital de Mosqueiro. Ao chegar lá ―era dia 18/09/2010, um sábado―, indicaram-me que seria no “Auditório”, o mesmo prédio da antiga biblioteca. O local estava repleto de gente. Nenhuma cadeira para os futuros mesários se sentarem, nenhum ventilador. Gente pingando de suor. Bem, aquilo jamais poderia ser chamado de auditório! Nem biblioteca poderia ser, mas já o foi.

Em um canto, livros empilhados e amarrados por fios, alguns novos, outros, bem velhos, alguns bem conservados e novos! Outros, nem tanto. O curioso é que estavam ali misturados a pacotes de cerveja e isopores apreendidos pela turma da Secon (Secretaria Municipal de Economia, popularmente chamado de Rapa). Que ambiente para livros, hem?! Mas a surpresa maior veio quando vi, ali entre livros didáticos enviados pelo MEC (que deveriam estar nas escolas para serem entregues aos alunos), o carimbo da Biblioteca, bem próximo de uma pasta, onde se liam anotações de novas doações de livros. Como é? ― pensei. A biblioteca, que foi transformada em auditório, que também não existe, ainda recebe doações de livros?

Foi aí que me veio à lembrança a letra da canção de Caetano Veloso, da época em que ele ainda sabia compor música com letra menos banal que na atualidade:

“Um mero serviçal
Do narcotráfico
Foi encontrado na ruína
De uma escola em construção...

Aqui tudo parece
Que era ainda construção
E já é ruína
Tudo é menino, menina
No olho da rua
O asfalto, a ponte, o viaduto
Ganindo pra lua
Nada continua...”

Trata-se de passagem da canção “Fora da ordem”, do CD Circuladô, de 1991. Analogamente ao que diz a letra, vamos analisar certa situação em Mosqueiro: O Ministério da Educação (MEC), em convênio com o Instituto + Cultura, com a contrapartida (mínima) da Prefeitura de Belém, deveriam construir três bibliotecas públicas na capital do Pará. Das três, uma seria no Mosqueiro. O prédio? Uma ruína, a ruína do Educandário Nazareno, o antigo prédio da Semec (Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Belém), filial de Mosqueiro.

Até aí, tudo bem, pois a revitalização de um prédio histórico é sempre bem-vinda, ainda mais com a finalidade que passaria a ter. O problema vai ser revelado agora: tal instituição, tão essencial, seria entregue em dezembro de 2010. Ou seja, o que é construção, já é ruína, literalmente, assim como o projeto também. Sem a contrapartida da prefeitura, estou convicto, nada poderá sair do papel. Na cabeça dos ilhéus, fica a pergunta: a futura segunda biblioteca de Mosqueiro poderá vir a existir apenas no papel (assim como se pode forjar um cidadão de papel, dobrado ao gosto do origamista, se é que se pode chamar assim a autoridade que faz do povo “gato e sapato”), ficando lá tão-somente a ruína do que deveria ser?

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Em uma livraria em Belém, certo dia, vimos (eu e esposa) a figura do jornalista Elias Ribeiro Pinto. Entregamos a ele o primeiro texto que, editado por ele, saiu publicado no jornal Diário do Pará, em 13/12/2007. Abaixo, segue escaneamento dessa publicação, mais outras a ela relacionadas, publicadas em resposta a esta:

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As publicações dizem respeito a uma justificativa estapafúrdia, como sempre, de um capacho de dentro de um órgão municipal, como se pudesse justificar uma burrice com outra. Outra diz respeito a um esclarecimento dado pelo Carlos Augusto (o “Barão”) de como se deu de fato o vilipêndio do acervo de livros da Biblioteca Cândido Marinho Rocha.

As publicações que passo a postar abaixo, compilei-as de sítios virtuais de diversas instituições. Chamo a atenção para esta primeira, logo abaixo, que noticia a implantação de uma biblioteca, denominada de Biblioteca Folhas e Livros, no assentamento Mártires de Abril, desmentindo a ideia de a nova Biblioteca Mais Cultura ser a primeira da ilha. A primeira foi/é/será sempre a Biblioteca Municipal Cândido Marinho Rocha, que querem à força nos surrupiar, sendo a do assentamento a segunda e a nova a terceira, apesar do que diz a PMB na última destas postagens que compilei, com o título “Mosqueiro festeja sua primeira biblioteca pública”.

Pessoal, clamo a todos os mosqueirenses: não engulam tal engodo, lutemos pelas duas bibliotecas! Um abraço do Alcir.

 

Portal da Ufra clip_image002[2]Pró-Reitorias clip_image002[3]Proex Notícias clip_image002[4]Assentamento em Mosqueiro inaugura Biblioteca

Assentamento da reforma agrária Mártires de Abril no distrito de Mosqueiro, inaugurou no último dia 26/02,a Biblioteca Folhas e Livros. A biblioteca atenderá ainda outros dois assentamentos, Paulo Fonteles e Elizabete Teixeira, além das comunidades que vivem no entorno.Para participar da inauguração, o engenheiro Agrônomo Waldir Nascimento, da Pró-Reitoria de Extensão, representante da Universidade Rural (Ufra) no Fórum Paraense de Educação do Campo e representando na ocasião o Projeto EducAmazônia, fez a doação de materiais didáticos e paradidáticos, entre livros, enciclopédias, cartilhas, dicionários,entre outros, para uso das comunidades.

Acesso em 22 jan. 2011. Disponível em: http://www.portal.ufra.edu.br/index.php/Proex-Noticias/assentamento-em-mosqueiro-inaugura-biblioteca.html

 

Fumbel lança obras da Biblioteca Mais Cultura em Mosqueiro

O lançamento das obras da Biblioteca Mais Cultura no distrito de Mosqueiro foi realizado, nesta terça-feira (18), com a assinatura da ordem de serviço firmada entre a Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel), a Agência Distrital de Mosqueiro e a construtora MD Engenharia. As obras iniciam na próxima segunda-feira (24). A previsão de entrega é de 120 dias.
O que será um canteiro de obras nos próximo quatro meses se transformou em um canteiro cultural, para comemorar o início da construção da Biblioteca Mais Cultura na ilha de Mosqueiro. A programação começou com uma caminhada, que saiu da Praça Matriz para a Rua Coronel José do Ó.
O cortejo foi animado pela bateria da escola de samba Peles Vermelhas e pela Banda de Fanfarra Honorato Filgueiras. Na chegada houve a apresentação do Grupo da 3ª Idade da Funpapa e do Grupo Folclórico Akauã. O público também conferiu os trabalhos desenvolvidos pelos projetos Trilha da Cidadania e Escola da Vida, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, respectivamente.
O agente distrital de Mosqueiro, Ivan Santos, comentou a importância da obra para a economia local. “Toda a mão de obra utilizada para a construção da biblioteca será de Mosqueiro, o que movimenta a economia da cidade, trazendo o aquecimento nas vendas do comércio”, analisou.
Para Anderson Miguel e Marcelo Bittencourt, ambos representantes da comunidade de Mosqueiro no Projeto Mais Cultura, a biblioteca será um ponto de referência cultural e artístico na ilha, provocando um impacto positivo na educação. “A biblioteca que será construída é uma porta de intercâmbio com outras bibliotecas do Brasil”, disse Marcelo, que pretende viajar o país em busca de novos projetos.
A construção da biblioteca de Mosqueiro faz parte do Programa Mais Cultura, do Governo Federal, e contará com 40 trabalhadores para erguer o prédio. Serão 500 metros quadrados de área construída, distribuídos em um salão de leitura, um telecentro com capacidade para dez computadores, área administrativa, banheiros, além de uma varanda multicultural. O projeto piloto é do Ministério da Cultura, sendo adaptado pelos técnicos do Departamento de Patrimônio Histórico da Fumbel para a realidade da população local.
Raimundo Pinheiro, presidente da Fumbel, falou sobre a contribuição do espaço para o distrito. “A biblioteca não será somente um espaço para a leitura, será um local onde será desenvolvido e trabalhado outras artes, como a dança, o teatro e o cinema. Será a primeira biblioteca cultural da região e terá o objetivo de agregar as comunidades”.
As comemorações pelo início das obras da Biblioteca Mais Cultura foram encerradas com a entrega de Certificado de Reconhecimento para os grupos locais, pelos trabalhos culturais e sociais desenvolvidos na ilha.
Texto: Vanda Duarte - Ascom Fumbel
Fotos: Alzyr Quaresma
Edição: Comus

Acesso em 22 jan. 2011. Disponível em: http://servicos.belem.pa.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=106:fumbel-lanca-obras-da-biblioteca-mais-cultura-em-mosqueiro&catid=12:governo

 

mosqueiro festeja sua primeira biblioteca pública

Prefeitura de Belém - 16/01/2011

A Prefeitura Municipal de Belém, por meio da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel) e da Agência Distrital de Mosqueiro (Admos), faz o lançamento nesta terça-feira (18), a partir das 08 horas da manhã, das obras da Biblioteca Mais Cultura.

Com a assinatura do termo de contrato entre a Fumbel e a empresa MD Engenharia feito em novembro de 2010, Belém irá ganhar duas novas bibliotecas públicas, sendo uma no bairro do Tapanã e outra no distrito de Mosqueiro, a primeira biblioteca da localidade.

Para festejar o início das obras, a PMB realizará um Cortejo Cultural, com a participação de baterias de escolas de samba, banda de fanfarra, grupos da 3ª idade, capoeira, folclórico e poesia, boi-bumbá, bandas de rock, Projeto Trilha da Cidadania, da Polícia Militar e o Projeto Escola da Vida, do Corpo de Bombeiros.

O cortejo tem concentração na Praça Matriz da Vila e irá percorrer as ruas da cidade até o local onde será construída a biblioteca, na Rua Coronel José do Ó entre as ruas Coronel Mota e Getúlio Vargas.

Na chegada do cortejo, os participantes serão recepcionados pelas tapioqueiras da ilha, que irão oferecer suas especialidades. Também acontecerá uma feira cultural com a exposição de trabalhos artesanais, grupos de grafitagem e varal de poesias, além da presença do Instituto Ampliar, que leva os projetos de reciclagem e conscientização ecológica.

A construção da biblioteca de Mosqueiro faz parte do Programa Mais Cultura, do Governo Federal, que tem como objetivo zerar o número de municípios sem bibliotecas. Lançado em outubro de 2007, a iniciativa marca o reconhecimento da cultura como necessidade básica, incorporando- a como vetor importante para o desenvolvimento do país e incluindo-a na Agenda Social.

Fonte: Prefeitura de Belém

Acesso em: 22 jan. 2011. Disponível em: http://mais.cultura.gov.br/2011/01/16/mosqueiro-festeja-sua-primeira-biblioteca-publica/

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Mosqueiro em letras

Procurando por textos sobre Mosqueiro, para organizar um pequeno banco de dados sobre a Ilha, encontrei, entre outros textos (de autores ja consagrados pelos leitores e pela crítica, de outros que ainda nao atingiram tais pincaros), poemas homenageando ufanamente ou denunciando as mazelas locais. Todos eles, de qualquer modo, tematizando a “Bucólica”, inscrevendo-a no âmbito dos registros gráficos, sejam eles literários, geográficos, históricos, sociais, culturais, etc., nao importa tal fato, no momento, já que o relevante e que se tenham dados (os textos) coletados sobre nosso distrito-ilha. O primeiro dos textos que compilei e este, de An`tônio Juraci Siqueira, de seu livro Piracema de sonhos:
           

                Mo(s)queiro
Metamorfose de signos -- fonemasimage
roidos pelo tempo e pelo uso...
Foram tantos veroes, tantos invernos
foram tantos poentes e alvoradas
que a ilha do Mosqueiro e dos encantos
perdeu seus moquens e seus misterios.
Em que volta do tempo se perderam
os nossos ancestrais que moqueavam
piabas nas mares tepacuemas?
Hoje a ilha do Mosqueiro, em desencanto,
carrega um S enorme e sibilante
encravado no nome e no destino.

Um perfeito insight de Juraci associar o tema da decadência, muito alardeada quando se faz referencia a ilha e a suposta evolução linguística que, em tese, teria dado origem a palavra Mosqueiro, muitas vezes confundida com aquela que o dicionário registra como “lugar onde há moscas com abundância”. Nao e um poema de carater ufanista, como a maior parte do que e produzido em poesia tematizando o lugar. Em vez disso, evoca, apenas, uma afortunada Ilha de tempos idos, metamorfoseada agora em lugar de desencanto, uma Ilha que subsiste com seus atrativos aprazíveis somente na memória nostálgica dos mais idosos -- ou nas páginas amarelas e bolorentas de algum esquecido livro--, pois Mosqueiro contemporaneamente o que tem angariado não é exatamente em valores prós. E um lugar que clama por um retorno não de um filho pródigo, mas de um tempo de mais prodigalidade.

  image

 
Garimpamos ainda outro belo poema, sucinto -- quase um poema-pílula --, que diz muito por meio de uma linguagem lacunar, sempre a ser completado pelo leitor o sentido sugerido, muitas vezes diretamente ligado a forma organizacional das palavras distribuídas no branco da página, em um isomorfismo raro entre expressão e idéia, a evocar a bela praia da predileção de Max Martins: Maraú (para alguns, Marahú), onde o poeta viveu por um tempo, na cabana chamada Porto Max. O texto integra o livro Caminho de Marahu, de 1983, e vem a seguir:


Mar-ahu


Não
é a ilha


Não
é a praia


E o mar
(de nos fazermos ao)
é só um nome
sem


a outra margem

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Outro que surge, no mesmo livro, com as mesmas sutilezas, agora mais para um haicai que para um poema-pílula, é este:


                               Marahu

       A praia                           image  
       A tarde se desdiz    
       te diz
                  se estende
                            e te dissolve

 

Aqui Max explora a vacuidade possível das ondas, sempre sonoras, sempre efêmeras, porém tenazmente repetidas, solvidas dentro de si mesmas, tanto no aspecto vísuo-sonoro quanto semântico, tornando a praia um lugar de nostalgias, liquefazendo o ser dissolvido pela passagem do tempo, que parece fluir vagamente como o próprio pensamento, na contemplação da enseada do Maraú.
Na verdade, tudo o que se possa dizer sobre esses poemas, tanto de Max como de Juraci Siqueira, valem apenas como comentários, visto que os poetas já disseram tudo da melhor maneira possível, e o crítico ou analista, refletindo sobre sua obra, pode estar banalizando-a, no momento em que tenta explicá-la, interpretá-la, ou comentá-la.
Outro poeta a dedicar versos a Ilha chama-se Arnaldo Rodrigues. Em seu livro Cabeleira: o papa chibé em prosa e verso (1998), presenteia-nos com estes, a seguir:

 


Mosqueiro e tradução

 

Nao vou sair da praça
com pandeiro e maracá,
quero ouvir você cantar,
lá no Bispo, image
até o sol raiar:
“Essa Ilha é minha onda,
nela vivo a navegar”.
Vou cantar
minhas lembranças:
Murubira, tanto mar,
Ariramba é só luar,
pelas noites enamorar
a morena flor mais bela,
a loirinha no arraial.
Vou esperar pelo Tá Feio,
um bloco e tradição,
carnaval tambem tem frevo,
carimbó e siriá,
quero ver você dançar
no Farol
até o sol raiar.
Mosqueiro é a tradução
do Rio numa cidade,
mas será que ela me invade
por capricho ou compaixão
ou será que é meu coração
que se mata de saudade?
Eu não vou daqui,
nao vou.
Diga ao meu amor:
“Não vou.”

Maraú de areia

No meu Maraú
de areia,
tabaroa faceira,
com decote que encandeia
e o tangará no galho seco.

Vida ribeira
costumeira:
joga a vida,
joga a rede,
veja a vela,
veja o mar.

Rede trança
caroa:
joga a vida,
joga a rede,
veja a vela,
veja o mar.

Vela velha
companheira:
joga a vida,
joga a rede,
veja a vela,
veja o mar.

 

Cinco Bocas

Uma butique de raças image
na feira tupiniquim,
uma flor que não é do Lácio
mas que tem o seu latim
no grito do indio murubira,
no chalé que o branco inventou,
na ginga do negro
de Osmar e de Dodô.
Cinco Bocas, cinco cantos
cantando o carimbó;
cinco bocas, cinco santas,
Santa Senhora do Ó;
cinco bocas, cinco encantos,
Encantam o Poeta-Mor;
cinco bocas, cinco cantos,
decantam uma só voz:
“Olha Os Piratas,
Os Peles Vermelhas
e o Tá Feio,
mas que beleza,
quero pular,
não vou negar,
pois eu não minto,
são cinco bocas
multiplicando,
ah!... são outras mil
Chapéu Virado, Bispo, Farol
e o carnaval no corãção
do Brasil.”


Em primeiro lugar, nota-se o caráter de texto pensado de cada um destes poemas escritos por Arnaldo Rodrigues, em cujas linhas se pode constatar o trabalho de poeta burilador de sua linguagem, e poeta que os criou com conhecimento de fato, de causa mesmo, daqui da terrinha ilhoa de Mosqueiro, já que frequenta as bucólicas plagas desde o início da década de 1980, ocasião em que se inicia sua relação afetiva com tudo que seja desta Ilha. Além de aqui passar a ser residente por temporada, já que possui casa em Mosqueiro, o poeta ancora a referência de seus poemas em lugares e situações que coincidem com o real, ainda que esse fato nao seja necessário à qualidade dos escritos, pois seu verossímil nasce da
coerência interna a cada texto. Já sua qualidade, esta emerge indubitavelmente do “engenho e arte” do autor, do talento e da técnica, portanto, remontando ao que disse Camões.
Em segundo lugar, o autor, quando se atém a aspectos do exótico e do pitoresco, não o faz como um mergulho cego ou como uma aposta única em temas surrados que acabam por suscitar certo distanciamento do lado humano e sociocultural. Em vez disso, pretextando passear por um território já bastante visitado, porém revisitando-o por sendas inusitadas, explora com qualidade especial a ludicidade, o léxico do campo semântico da música, redescobre tesouros paisagísticos, tanto os naturais como os históricos, além de que faz incursao inusual pelas manifestações socioculturais do carnaval e das agremiações carnavalescas.
Por último, interessa-nos por excelência as referenciações de Arnaldo Rodrigues ao Bloco Carnavalesco Tá Feio, de tradição irnica e irreverente no seu modo de fazer carnaval popular, a quem o poeta ja deu sua parcela significativa de participação como brincante, como integrante da ala dos compositores e, principalmente, como representante-mor diante das autoridades, ou seja, como presidente da agremiação em tempos gloriosos de desfiles memoráveis.
No livro No passar da chuva: crônicas & poesias, Eduardo Santos, poeta já conhecido em todo o Brasil por ter dado entrevistas na tevê, como no Programa do Jô, também já famoso por “rodar” em muitos lugares em sua bicicleta estande, escreveu este poema para

 

Mosqueiro:

Recanto oficial image
Mosqueiro,
Ilha sem outra igual
Recanto bucólico
Divino e natural.
Ponto de chegada,
Cais de partida...
De quantos e tantos
Amores de verao.
Tua beira-mar
Maravilhosa
De agitos mil...
Em teu palco ensolarado
Passam teus filhos, fãs
E caboclas
Que te exaltam
Clamam e flamam
Com sorrisos,
Bronzes e carnavais.
Tuas praias inesquecíveis,
Teu gosto doce e temperamental
Fazem de ti
O recanto oficial
Do amor, do calor,
Do verão.

image
O autor, assim como muitos outros, envereda pelo caminho do enaltecimento de certos caracteres aprazíveis da Ilha, mergulhando suas linhas melódicas no igarapé do ufanismo. Tal procedimento, nao sem alguma razão, tem sido considerado por especialistas na área como exploração de lugares-comuns, apelo à trivialidade e, portanto, uma dívida dos autores para com a originalidade e criatividade no trato com a matéria do poético. No entanto, não poderiam estar exagerando na condenação? Creio que aí a questão envolve uma crítica a certo grau de exagero ufano e quantidade demasiada de discurso laudatório, que estariam exaurindo um filão já há muito explorado de forma não criteriosa. Ou seja, vale fazer apologia? Depende.
Se nao for gritante, por que não? O problema é a exacerbação do elogioso ao ponto da aproximação do apolítico e alienante dos aspectos sociais e existenciais (que angustiam a consciência de pessoas de saudável senso crítico, inclusive a do autor destas páginas), afastando o leitor de uma relacão benéfica do ficcional com o real, aliciando-o muitas vezes ao abandono da leitura de conteúdo inquietante e questionador. Não sendo assim, doce pecado é banhar-se em lagoas de amenas águas paradisíacas e sentir o agridoce sabor da nostalgia pelo outrora querido e perdido, que não volta mais, sentir o aroma e frescor da brisa e do arvoredo que ensombreia e balança as redes nas varandas da saudade, nas modorrentas tardes de uma Mosqueiro que queremos, mas não podemos mais, re(vi)ver.
Os poemas de Eduardo Santos, de Arnaldo Rodrigues, Max Martins e Antonio Juraci Siqueira permitem muito pertinentemente as reflexões acima, para uma conclusão: escapar ao pitoresco e exótico, ou assumir em seus poemas a exploração dessa temática. Concluímos que não é o uso desse expediente, mas o abuso dele, que acaba por banalizar a literatura. Outra particularidade interessante a se ressaltar é a possibilidade de o poeta vivenciar de fato o que será, a posteriori, ficcionalizado ser tão pertinente quanto a de se imaginar tal vivência, para (também a posteriori) ficcionalizá-la. Ambas sao legítimas, mas a segunda possibilidade,
concretizada pela pena de um poeta inábil, pode resultar bem mais calamitoso do que se este fato se desse em relacão à primeira possibilidade. Contudo, toda essa discussão, indubitavelmente, ainda permanece em aberto.

E, para finalmente concluirmos, deixo registrado aqui um poemeto de minha autoria, que publiquei em um livro artesanal que nomeei de Setembro em brasa:

À  Drummond

E como eu vagasse

numa praia de Mosqueiro

à hora vesperal

e só vislumbrasse

nas vagas da vazante

as vagas lembranças

doendo na memória,

como retratos poeirentos

clamando, aí num lampejo

incolor e insonoro

a imagem surge:

o mundo está à espera,

nada é gratuito,

deve chegar o tempo

e virá o recomeço.

 

… batendo leves soltas

asas as ideias se confundem

numa mixagem desordenada,

aparentemente incompreensível.

 

Me deixo fluir dentro de mim

e me absorvo por completo.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O Cinema e a Educação

 

O audiovisual oferece hoje uma gama de aplicações em pesquisas e estudos em uma vasta rede de setores dentro de praticamente todas as áreas do conhecimento. Mas tudo isso não poderia ser concebido naquele distante 28 de dezembro de 1895, quando os irmãos Auguste e Louis Lumière exibiram, no subsolo do Grand Café, em Paris, o “Cinematógrafo Lumière”: era a primeira sessão de cinema da História, com 10 filmes, com o tempo total de 20 minutos. Seriam hoje classificados como documentários. O primeiro deles tem como título A saída das operárias da fábrica Lumière, ainda conservado até hoje e disponível na Internet. Trinta e cinco pessoas assistiram aos filmes, pagando com uma moeda de 1 franco. O público, surpreendido pela invenção inovadora, começou a formar filas de mais ou menos 1.500 pessoas, diferentemente das 35 da primeira sessão.

Os Lumière não acreditavam que poderiam obter lucros com o cinematógrafo como entretenimento. Deve-se a outro francês, visionário, essa percepção. Chama-se Georges Méliès, um ilusionista e precursor do cinema como espetáculo e como arte, além de indústria do entretenimento. Mas não é desses brilhantes homens que queremos falar, mas, sim, do cinema em si, quando ele tende para a dualidade horaciana da máxima de “divertir e ensinar”. Muitos títulos, inclusive, direcionam seu conteúdo para a área educacional, explicitamente, como é o caso do Mr. Holland, adorável professor, ou o clássico Ao mestre, com carinho. Segue, abaixo, uma lista desses filmes, por ordem alfabética, extraída do blog http://www.lendo.org/21-filmes-em-que-a-educacao-e-um-tema-criativo/. Gostaria de que os título estivessem em itálico, como orienta a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e que não estivessem EM CAIXA ALTA, mas... Não tenho paciência!

1. Ao mestre, com carinho e Ao mestre, com carinho 2
2. ABC do amor 
3. À procura da felicidade
4. A voz do coração
5. A lista de Schindler
6. A corrente do bem
7. A maçã
8. Anjos do sol
9. Adorável professor 
10. A língua das mariposas
11. A prova
12. Babel
13. Crianças invisíveis
14. Conversando com Deus
15. Conrack
16. Coach Carter – treino para a vida
17. Céu de outubro
18. Desafiando gigantes
19. Ela dança, eu danço
20. Em nome do pai 
21. Entre quatro paredes
22. Estrada para Perdição
23. Escritores da liberdade
24. Entre os muros da escola
25. Narradores de Javé
26. Filadélfia
27. Gênio indomável
28. Gattaca – experiência genética
29. Homens de honra 
30. Instinto secreto 
31. Lendas da paixão 
32. Meu mestre, minha vida 
33. Menina de ouro 
34. Mandela
35. Meninas
36. Machuca
37. Música do coração
38. Meu nome é rádio 
39. Mudança de hábito e Mudança de hábito 2 
40. Marie
41. Nell
42. Notas sobre um escândalo 
43. Nenhum a menos 
44. O clube do imperador 
45. O som do coração 
46. O preço do desafio 
47. O espelho tem duas faces 
48. O balão vermelho 
49. O quadro negro 
50. O jarro
51. Os filhos do paraíso
52. O balão branco
53. O triunfo
54. O contrato
55. O sorriso de Mona Lisa
56. O contador de histórias
57. O melhor jogo da História
58. O expresso da meia-noite
59. O menino do pijama listrado 
60. O mundo de Sofia
61. O nome da rosa
62. Pro dia nascer feliz
63. Pride – orgulho de uma nação
64. Pelle, o conquistador
65. Prova de fogo 
66. Quando tudo começa
67. Sociedade dos poetas mortos
68. Ser e ter
69. Treino para a vida
70. Tapete vermelho
71. Uma mente brilhante
72. Uma onda no ar 
73. Uma viagem inesperada
74. Um sonho de liberdade
75. Vem dançar

Em uma próxima postagem, comentarei os filmes Ao mestre com carinho e Ao mestre com carinho 2. Abraços! Alcir postou.

PS: espero que tenham se divertido com os “aforismos” do Seu Alexandre.

 

 

Ao mestre com carinhoAo mestre com 2