Beleza germânica, bem que deseja
aliviar a morbidez suástica
e abrandar o grito de 6 molhões
de almas, mas não faz esquecer...
Testemunha tácita
dos passeios espectrais do bispo
sem cabeça
a encantar (encontrar)
o crepúsculo
e assustar os tralhotos
nas ondinhas que levam
as areias doces da praia um tanto
pedregosas, cheia de capinzais
que servem de refúgio
às hostis arraias.
Postais da ilha,
arquitetura antiga, dos tempos
de antigamente de uma vila
já centenária, teu ocre combina
com a cor das areias, lembrando
páginas de um livro antigo.
O conjunto todo combina:
casaescadariacolunascoqueiros
palmeirasquadrapostesberrancosbarracas
areiaareiapedracapins...Pessoas.
Pessoas alegres no bar...
Burburinho de vozes e risos ancetrais
ecoam balbuciantes, dolentes, saudosos...
Dói-me, dói-me bastante o estar-longe-dali.
(Poema de minha autoria dedicado a uma das mais singelas praias de Mosqueiro, onde beleza natural, cultural e histórica combinam-se. Infelizmente, o descaso e a má vontade política condenaram-na ao quase-ostracismo, por causa de "burrice administrativa crônica", principalmente no que diz respeito à exploração turística e racional ( sem presença de quiosques, boa música, caramanchões, brinquedos...) de sua orla (com muro de arrimo histórico datado de 1936), que deveria ser revitalizada e aproveitada para gerar receita para a gente de nossa terra, e ser lazer seguro e calmo para quem nos visita. É, é isso!)
O Blog trata de temas ligados à Ilha de Mosqueiro, mas não por isso pretende se isolar em um localismo infrutífero; em vez disso, procura inserir a Ilha como um lugar no mundo, enfatizando suas singularidades;por outro lado, também objetiva divulgar minhas reflexões sobre língua, linguagem e pensamento, literatura e artes em geral, além de assuntos diversos,sempre procurando revelar traços ideológicos nas entrelinhas do tecido textual, na tentativa de ser o mais coerente possível.
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