As marcas codificadas carimbadas no papel
emanam sombras, silhuetas enigmáticas
― interpenetrando córneas adentro ―,
e acabam pela íris refletidas de volta no papel...
Os signos então se releem em seu reflexo,
se redimensionam ao se (re)verem,
se repensando no confronto do espelho convexo
binocular de um circunspecto minucioso leitor.
Por seu lado, o cérebro, o ilustre receptor,
interpreta tudo, mas secundariamente:
os dados são sensações (não mais) oculares,
dependentes estas em parte, da visão saudável,
sim ou não, de cada um simples leitor.
O Blog trata de temas ligados à Ilha de Mosqueiro, mas não por isso pretende se isolar em um localismo infrutífero; em vez disso, procura inserir a Ilha como um lugar no mundo, enfatizando suas singularidades;por outro lado, também objetiva divulgar minhas reflexões sobre língua, linguagem e pensamento, literatura e artes em geral, além de assuntos diversos,sempre procurando revelar traços ideológicos nas entrelinhas do tecido textual, na tentativa de ser o mais coerente possível.
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