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terça-feira, 6 de julho de 2010

O f/ato de re/ler

As marcas codificadas carimbadas no papel
emanam sombras, silhuetas enigmáticas
― interpenetrando córneas adentro ―,
e acabam pela íris refletidas de volta no papel...

Os signos então se releem em seu reflexo,
se redimensionam ao se (re)verem,
se repensando no confronto do espelho convexo
binocular de um circunspecto minucioso leitor.

Por seu lado, o cérebro, o ilustre receptor,
interpreta tudo, mas secundariamente:
os dados são sensações (não mais) oculares,
dependentes estas em parte, da visão saudável,
sim ou não, de cada um simples leitor.

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