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sábado, 2 de julho de 2016

Um maravilhoso soneto de Camões



Imagem disponível em: https://www.google.com.br/search?q=busque+amor+novas+artes+novo+engenho&biw=1366&bih=623&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjzjYSfhNXNAhXBI5AKHWo1B2sQ_AUICCgD#tbm=isch&q=cam%C3%B5es&imgrc=DUCETtAPvInkiM%3A. Acesso em: 02 jul. 2016.

Busque Amor novas artes, novo engenho,
para matar me, e novas esquivanças;
que não pode tirar me as esperanças,
que mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.

Que dias há que n'alma me tem posto
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como, e dói não sei porquê.
Autor: Camões, L. V. de. Sonetos. Lisboa: Livraria Clássica Editora. 1961.Disponível em: http://pensador.uol.com.br/frase/MzMzNTQ/ . Acesso em: 02 jul. 2016.
Imagem disponível em: https://www.google.com.br/search?q=busque+amor+novas+artes+novo+engenho&biw=1366&bih=623&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjzjYSfhNXNAhXBI5AKHWo1B2sQ_AUICCgD#tbm=isch&q=200+sonetos+de+cam%C3%B5es&imgrc=76j5C7amQpfjkM%3A. Acesso em: 02 jul. 2016.

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