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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Caruaru é meu destino (Dizem por aí...)

GEDC0951

Cumpro, todas as noites,

Este carma, esta ‘mardição’...

Sobrevoo ruas, casas, prédios...

O cemitério passa lá embaixo,

A igreja já ficou para trás,

Junto com a praça,

O cinema, o mercado,

O trapiche e a praia...

 

Sei que o Caruaru é o meu destino...

Avanço rumo aos igarapés...

 

Tudo é soturnidade!...

Por quê? Por que desta sina?

Que fiz eu? Que mal cometi?

Contra quem? Quem sou eu?

Que metamorfose é esta?!...

Chegam as matas, o frio vem,

Trazido do manguezal e das águas...

 

Do meu propósito me aproximo...

 

O mundo é triste, lá embaixo.

Aqui, a coisa não é melhor...

Nem vivalma vejo, só névoa:

Ninguém para assustar ou surrar.

Passa o Tamanduaquara, passa;

Passa o rio Murubira, passa;

Sigo o Pratiquara adentro...

Lá no Caruaru pousarei:

Quero ver a filmagem.

 

Dizem, dizem por aí: o tal filme,

Este que está sendo feito agora,

Dizem, é sobre mim...

 

Matinta

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