A saudade é contemplar as nuvens
sem poder com elas levitar
até próximo de onde estás
e sorver no ar o olor
achocolatado
de teu hálito de Afrodite
ameríndia.
É não poder sequer perseguir-te
como um pobre coitado
Apolo a aspirar o aroma de teus cabelos
esvoaçantes na brisa
célere que te rapta
para longe de mim,
até o K2,
onde possivelmente morrerei,
por tu já te teres partido
em tua volatilidade
de monarca, na direção do belo México...
Será meu destino escalar as distâncias de mar e terra
e vento e cordilheiras, sem fim?
Se o for,
é por um transcendental motivo, e isso
não apequenará o meu espírito de amador inconteste.
As distâncias são um obstáculo a se extrapolar, só isso, meu amor.
Sempre apenas isso!
O Blog trata de temas ligados à Ilha de Mosqueiro, mas não por isso pretende se isolar em um localismo infrutífero; em vez disso, procura inserir a Ilha como um lugar no mundo, enfatizando suas singularidades;por outro lado, também objetiva divulgar minhas reflexões sobre língua, linguagem e pensamento, literatura e artes em geral, além de assuntos diversos,sempre procurando revelar traços ideológicos nas entrelinhas do tecido textual, na tentativa de ser o mais coerente possível.
Nenhum comentário:
Postar um comentário