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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Bem baixinho...

A saudade é contemplar as nuvens
sem poder com elas levitar
até próximo de onde estás
e sorver no ar o olor
achocolatado
de teu hálito de Afrodite
ameríndia.


É não poder sequer perseguir-te
como um pobre coitado
Apolo a aspirar o aroma de teus cabelos
esvoaçantes na brisa
célere que te rapta
para longe de mim,
até o K2,
onde possivelmente morrerei,
por tu já te teres partido
em tua volatilidade
de monarca, na direção do belo México...

Será meu destino escalar as distâncias de mar e terra
e vento e cordilheiras, sem fim?
Se o for,
é por um transcendental motivo, e isso
não apequenará o meu espírito de amador inconteste.


As distâncias são um obstáculo a se extrapolar, só isso, meu amor.
Sempre apenas isso!

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