Qual um pastor arcádico
alimenta o sentimento da terra,
no ato de apascentar o rebanho
na solidez maleável
da verde pradaria,
e no ato de aspirar o puro ar
na concretude pedregosa da montanha,
aliando a isso
ritmar palavras amorosas
à doce pastora sua,
murmurando-as ao seu ouvido,
nascidas elas da transparência
um tanto lacustre
das águas dos ribeirões,
espelhando a fugacidade
diáfana das nuvens lá no céu,
Sim, qual esse pastor,
também eu
― não tão bem como o Poeta Pablo Neruda ―
desenhei estas palavras,
na esperança de também
despertar minha pastora
― de seu sono macio ―
com este poemeto que,
quisera, tivesse a ternura leve
de um beijo cálido.
O Blog trata de temas ligados à Ilha de Mosqueiro, mas não por isso pretende se isolar em um localismo infrutífero; em vez disso, procura inserir a Ilha como um lugar no mundo, enfatizando suas singularidades;por outro lado, também objetiva divulgar minhas reflexões sobre língua, linguagem e pensamento, literatura e artes em geral, além de assuntos diversos,sempre procurando revelar traços ideológicos nas entrelinhas do tecido textual, na tentativa de ser o mais coerente possível.
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