Muitos dizem
Ah, no meu tempo...
O meu tempo sempre é hoje!
Mas, no decorrer de 24 horas,
torna-se ontem,
e o amanhã se torna hoje,
que vira ontem...
Nada mais dialetizante
porque mutante,
tempo nunca-sempre-quase
a esgotar-se, inesgotavelmente...
Tempo-vento: o tudo-nada
a bater,
a esbofetear suavemente a face do ilhéu
e desalinhar as madeixas
da cabocla banhista,
a lembrar que outrora
acariciou a cara
do autóctone-índio no moqueio,
o corpo suadensangüentado
do cabano na Batalha,
a defender-se no Chapéu-Virado...
Do veranista no convés
do Presidente Vargas...
Nas janelas do Beiradão,
nas Vans.
Esse tempo-vento, tempo-ventre,
a que porto-futuro
guiará esse barco-ilha
de desencanto-acalanto,
sempre ao mesmo tempo-vento?...
O Blog trata de temas ligados à Ilha de Mosqueiro, mas não por isso pretende se isolar em um localismo infrutífero; em vez disso, procura inserir a Ilha como um lugar no mundo, enfatizando suas singularidades;por outro lado, também objetiva divulgar minhas reflexões sobre língua, linguagem e pensamento, literatura e artes em geral, além de assuntos diversos,sempre procurando revelar traços ideológicos nas entrelinhas do tecido textual, na tentativa de ser o mais coerente possível.
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