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domingo, 10 de abril de 2016

Cartões postais da ilha de Mosqueiro (alguns antigos e raros)


Provisioriamente, postamos apenas os postais, tentando posicioná-los dos mais antigos aos mais contemporâneos, ainda sem referências, o que será providenciado com mais vagar, cuidado e precisão, na medida do possível.




“Outra vista da Praça Matriz, em Mosqueiro, ornamentada para dia de festa.” (Coleção Victorino Chermont de Miranda). (BELÉM DA SAUDADE, 1998, p. 258). Informações compiladas in: MENEZES NETO, Geraldo Magella de. O ensino de História local a partir de fotografias: relatos de experiência no ensino fundamental no distrito de Mosqueiro-PA.  Revista Labirinto, Porto Velho-RO, Ano XV, Vol. 22, p. 91-104, 2015. ISSN: 1519-6674.

Esse postal retrata, na 1.ª década do séc. XX (vide data manuscrita: 20/2/907; ou seja: 20 fev. 1907), a Praça da Matriz de Mosqueiro, que de fato, hoje, é a Praça Cipriano Santos, ao lado da Praça Princesa Isabel, separada desta pela R. Juvêncio Gomes da Silva (homenagem ao primeiro carteiro de Mosqueiro). Destaque se dê aos trajes distintos de cavalheiros, damas e crianças, como se estivessem saído recentemente da missa dominical.

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Trata-se da mesma praça do postal acima, mostrada de um outro ângulo. Supõe-se seja foto em tempo posterior à de cima, por causa da relva e dos canteiros com vegetais plantados, certamente mangueiras (detalhes ausentes na outra), como era comum durante a gestão de Antônio José de Lemos (1843-1913), intendente (o prefeito da época) que governou Belém de 1897 a 1911, responsável por transformar a cidade, com a riqueza do Ciclo da Borracha (seu auge ocorreu de 1879 a 1912), em uma das mais modernas do Brasil. Pode-se perceber em 2.º e 3.º planos o mesmo coreto e a mesma igreja mostrados no postal anterior; nesse caso, em último plano, com o coreto quase encobrindo a imagem da igreja de Nossa Senhora do Ó, também chamada de Igreja Matriz.
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“Na foto, o tradicional trapiche da vila, localizado na Praia do Areião, inaugurado em 1908 pelo governo estadual, para atracação dos vapores que faziam a linha Belém-Mosqueiro.”(Coleção Victorino Chermont de Miranda). (BELÉM DA SAUDADE, 1998, p. 257). Informações compiladas in: idem, ibidem. 
O momento registrado pela foto sugere uma manhã de domingo, imediatamente à chegada de um vapor, por causa da multidão caminhando no sentido da ponte para a rampa, que sobe para as praças, hoje chamadas de Princesa Isabel, com seu monumento, e Cipriano Santos, com seu coreto característico. Estes três primeiros postais, como se pode perceber à esquerda e abaixo de cada um deles, tem a inscrição " Editor - E. F. Oliveira Junior - Pará". Fazem parte de uma coleção, portanto.
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Trata-se de uma imagem colorida mostrando, ao fundo, o trapiche da Vila. É um postal de 1911, de uma coleção denominada de Edição Pará Chic, n.º 40, cuja uma versão em preto e branco (logo acima desta) pude adquirir pela Internet, enviada até mim pelo correio a partir do sítio virtual Delcampe.net. A informação que aparece no meio e no alto da imagem é: "Pará, paysagem na Villa Mosqueiro".
Em primeiro plano, uma lagoa formada ali em frente do que seria décadas mais tarde o restaurante Kikaranguejo, próximo à Passagem hoje denominada de Jares Silva, quase em frente da Ilha de São Pedro, uma formação de pedral elevada, onde décadas atrás havia um monumento a São Pedro, destruído pela força das águas. Antigamente essa ilha teria vegetação, que fora desmatada por ordem do agente distrital da época. Um absurdo e uma barbaridade. 
Intrigante é a construção em madeira na faixa arenosa. Supõe-se que se trata de uma espécie de trocadouro de roupas. Fato curioso é poder, com um zoom, observar de que embarcação se trata a que está atracada no "pontão" flutuante.
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Folguedos populares num arraial montado na Praça da Matriz de Mosqueiro, cidade próxima a Belém, capital do Estado do Pará, por volta de 1910. Coleção de cartões postais denominada de Pará Chic, n.º 29. Referências: Do Brasil para as Américas, de João Emílio Gerodetti e Carlos Cornejo. São Paulo: Solaris Edições Culturais, 2012. A única diferença entre este postal e o outro logo acima dele é um ser colorido e o outro, preto e branco. Disponível em:http://www.solariseditora.com.br/brasil_america/br_pa_30.htm. Acesso em: 20 mai. 2016.
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Dados extraídos do Catálogo da Biblioteca do IBGE (© 2016 IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
Tipo de material: fotografia

Título: [Ilha] do Mosqueiro : Belém, PA
Local: [S. l.]
Editor: [s. n.]
Ano: [19--]
Descrição física: 1 cartão postal : color.
Série: Acervo dos municípios brasileiros
Notas: A Ilha de Mosqueiro, localizada a cerca de 80 quilômetros de Belém, oferece mais de 17 quilômetros de praias. Seu nome origina-se da prática chamada moqueio, método que os índios tupinambás, habitantes da região, utilizavam para conservar animais perecíveis. Com uma área de 212 quilômetros quadrados e uma população de aproximadamente 27 mil habitantes, Mosqueiro, ou Ilha do Amor, como é popularmente conhecida, é a maior ilha do município de Belém. Contém 15 praias de água doce, entre elas: Paraíso, Farol, Chapéu Virado, Bispo, Baía do Sol, Areião, Marahú, Praia Grande, Prainha, Murubira (praia mais frequentada da ilha), Porto Artur, Carananduba, Ariramba e São Francisco.
Disponível em: http://www.jornalcruzeiro.com.br/materia/472669/praias-de-agua-doce-transformam-mosqueiro-em-paraiso-natural. Acesso em: jul. 2015.
Assuntos: 
Belém (PA); Ilhas; Pará; Praias
Disponível em:http://biblioteca.ibge.gov.br/biblioteca-catalogo.html?view=detalhes&id=42472. Acesso em: 20 mai. 2016.
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Esta foto foi ‘baixada’ do sítio virtual www.delcampe.net , onde outros postais da Ilha, raríssimos, antigos, belos e saudosos podem ser encontrados, para nossa alegria. Até o momento, estimamos que se trate de imagem clicada pelos fins da década de 1960 e meados da década de 1970. A Praia Grande é um nicho de melancólicas lembranças. Sonhamos que a Natureza possa se refazer e nos trazer de volta esta beleza de faixa arenosa tão frequentada e adorada por seus banhistas. Nossas pesquisas continuarão. Um abraço aos leitores deste Blog.
As informações contidas no verso do postal são estas (ao pé da letra): Como título:
"Belém 
Ilha do Mosqueiro
Praia Grande
Estado do Pará" 
Impresso por Paraná-Cart. N.º K/2.032. Comércio de Postais Ltda C.P. 305 - Curitiba PR - Direitos Reservados. RPC.
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Postais com vistas para a ponte Sebastião Rabelo de Oliveira, que nunca foi Ponte Belém-Mosqueiro, pois não liga o distrito à seu município matriz, que é Belém. Poderia ser chamada de Ponte Mosqueiro-Santa Bárbara, na atualidade. Talvez, pudesse ter sido chamada de Mosqueiro-Benevides, antes do desmembramento de Santa Bárbara de seu município matriz, que é Benevides.
De qualquer forma, a ponte foi inaugurada em 12 de janeiro de 1976, pelo então presidente Ernesto Geisel, o penúltimo dos generais ditadores.


Vista do Caramanchão da praia do Chapéu-Virado, bairro antigo da ilha de Mosqueiro. Ali, o pôr do sol pode ser vislumbrado em suas magníficas cores, sempre de forma única, se o céu não estiver nublado, claro. Este caramanchão já esta ali desde o início dos anos de 1960, pelo menos (o que pode ser atestado ao se assistir ao video sobre o aniversário da menina Ana Júlia, da tradicional família Chermont, no sítio virtual http://youtube.com/watch?v=G3yc-3vGgDM, no tempo de 4m 35s de  exibição, quando se pode ver o caramanchão). Assista no link abaixo:
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Vista também do pôr do sol na praia do Chapéu-Virado, com vista a partir da areia, logo abaixo do caramanchão.
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Postal com vista a partir do Caramanchão para a Praça do Chapéu-Virado. Em plano mais à frente e à esquerda está a Capela do Sagrado Coração de Jesus, inaugurada em 17 nov. 1909, mandada construir pelo senhor Guilherme Augusto de Miranda, como pagamento de uma promessa por melhora de saúde (uma graça alcançada). Ao fundo e ao centro, o prédio do Hotel Chapéu-Virado. Pode-se perceber pelos trajes (shorts curtos e justos, por exemplo) e pelos automóveis (Fuscas, uma Brasília e um Passat, ou um Corcel) que se trata dos anos em torno do final de 1970 até meados de 1980, fato também confirmado pelo bondinho puxado a trator, transporte público e típico daqueles anos.
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Esta sequência de postais (os últimos 5) estimamos que tenham sido produzidos pelos anos finais da década de 1970 até meados da década de 1980. São todos da EDICARD: Editora Cultural Ltda, de São Paulo.
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Um interessante postal que nos brinda com vistas de várias praias de Mosqueiro, local facilmente identificado pela palavra no centro. A primeira vista, à esquerda e acima, é do Chapéu-Virado para o Farol. A segunda, à direita e acima, seria o que o povo já chama de Praia da Ponte, que talvez deva ser chamada de Areão. Atracado no pontão flutuante um navio (pode ser um destes: Capitariquara, Mazagão ou Otávio Oliva). A terceira, à esquerda e abaixo, é um ângulo da praia do Chapéu-Virado, destacando-se um pé de muruci, que já não existe mais. Ao fundo, a Ponta do Maraú, com a Ilha das Guaribas. A quarta, à direita e abaixo, um ângulo da praia do Murubira. Trata-se de fotos clicadas em torno da metade dos anos de 1990.
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Estes dois últimos postais também são da EDICARD: Editora Cultural Ltda, de São Paulo.
Trata-se de vista da praia do Murubira, nome que vem da tribo que teria habitado aquelas paragens muito tempo atrás, os chamados morobiras, de etnia tupinambá. O local de onde foram clicadas as duas fotos recebe o nome de Muriramba, uma amálgama lexical das palavras Murubira e Ariramba, já a enseadinha do Muriramba delimita essas praias famosas daqui da ilha de Mosqueiro.
Compilamos estas informações da Internet, sobre tais fotos: 
O cartão em destaque foi enviado a muitos amigos espalhados pelo Brasil afora; é uma ótima lembrança daquela época."
Correção estas fotos foram tiradas da ponta do Ariramba no retiro Zuzu e mostra a praia do Murubira . ano 1982 ou 83 não lembro mais to ficando velho!!!"
Ambas informações estão disponíveis no sítio virtual: http://www.nostalgiabelem.com/2013/07/mosqueiro-na-decada-de-80.html. Acesso em: 08 jun. 2016.
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Postal com vista a partir do muro da arrimo da curva da praia do Chapéu-Virado (antiga Ponta do Paraíso) mostrando ao fundo a Praia do Farol, com sua Ilha dos Amores. Em destaque, na direita ao alto, o edifício Caramujo e o Hotel Farol, próximos da Ilha. Em destaque, à esquerda, o edifício Solar da Tatiana, que, diga-se de passagem, é uma construção transgressora da lei, pois na ilha de Mosqueiro, a rigor, só se 'poderia' construir prédio até três andares. Provavelmente, a foto foi clicada em um domingo, mas em período comum (nem férias nem fim de semana prolongado).
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Trata-se de uma vista invertida em relação ao postal anterior, pois a foto foi clicada do Hotel Farol em direção ao Chapéu-Virado e às outras praias (Porto Artur, Murubira, Ariramba, etc.). O edifício Solar da Tatiana se destaca e destoa da paisagem, quase um apêndice e um agressor da harmonia existente.









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