Razão de família
Há um rico tio que nos vende feijào podre
e aceitamos,
trinca nos juros de um dinheiro podre
e aceitamos,
força em direitp uma doutrina podre
e aceitamos,
conta por santo um parentesco podre
e aceiamos,
e mais e mais aceitamos porque o tio é suscetível
e à toa, à toa, põe suas mil bocas no mumdo
-- televisões, rádios, jornais, revistar --
e há de dizer que somos uns ingratos
separatistas e... istas e... istas e... istas.
(CAMPOS, Geir et alii. "Violão de rua". RJ: Civilização Brasileira, 1962, p. 39, volume extra)
O Blog trata de temas ligados à Ilha de Mosqueiro, mas não por isso pretende se isolar em um localismo infrutífero; em vez disso, procura inserir a Ilha como um lugar no mundo, enfatizando suas singularidades;por outro lado, também objetiva divulgar minhas reflexões sobre língua, linguagem e pensamento, literatura e artes em geral, além de assuntos diversos,sempre procurando revelar traços ideológicos nas entrelinhas do tecido textual, na tentativa de ser o mais coerente possível.
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